Soldados observam prisioneiro de Guantánamo em pátio da cadeia
Soldados americanos carregam prisioneiro de Guantánamo por área aberta da cadeia
Soldado norte-americano observa prisioneiros de Guantánamo
Maioria dos prisioneiros do local tem origem árabe e religião islâmica
Soldado observa movimentação de prisioneiros em Guantánamo
Documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos revelados pelo site WikiLeaks mostram que o país deteve na prisão de segurança máxima de Guantánamo, no litoral de Cuba, pelo menos 150 afegãos e paquistaneses inocentes desde 2002, incluindo cozinheiros, agricultores e professores. Segundo os documentos, culpadas ou não, muitas pessoas presas foram confundidas com suspeitos durante operações em zonas de guerra no Afeganistão e no Iraque.
A análise do perfil de todos os 780 detidos em Guantánamo desde 2002 foi divulgada pelos principais jornais do mundo nesta segunda (25). Segundo os apontamentos, os Estados Unidos teriam mantido os suspeitos presos para obter informações de forma ilegal, com aplicações de tortura e prisões arbitrárias, sem realização de julgamentos.
A divulgação do arquivo secreto pode gerar uma tremenda dor de cabeça para os americanos, pois revela que muitos dos presos que ainda estão em Guantánamo são considerados de 'alto risco', dificultando o processo de transferência desses suspeitos para outras prisões dentro do território americano.
O Pentágono condenou o vazamento dos documentos. Em comunicado oficial no último domingo (24), os militares afirmara que "esses documentos contêm informação confidencial sobre detidos atuais e passados de Guantánamo e condenamos categoricamente o vazamento desta informação sensível".
Polêmica e segurança máxima
A prisão de Guantánamo está localizada em uma base naval americana na ilha de Cuba. Atualmente, cerca de 180 pessoas estão presas no local, mas desde outubro de 2001 ela começou a receber presos capturados em território afegão durante a 'guerra ao terror' travada pelos Estados Unidos.
Durante a última campanha presidencial dos Estados Unidos, em 2009, o então candidato democrata Barack Obama prometeu fechar a polêmica prisão dentro de um ano após sua posse. Contudo, isto não aconteceu e, de quebra, a Casa Branca retomou os julgamentos militares no local.
Fonte: UOL
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